Embora a psique seja composta de estruturas bastante diversas, muitas vezes opondo-se umas às outras, existe entre elas uma forte interação que poderão dar-se de três formas:
Uma estrutura pode compensar a fraqueza da outra, um componente pode se contrapor a outro, e duas ou mais estruturas podem se unir formando uma síntese.
A compensação pode dar-se, por exemplo, entre o ego e a anima de um homem, assim como o ego e o animus de uma mulher. O ego normal do homem é masculino enquanto a anima é feminina e na mulher sendo o ego feminino o animus é masculino. Assim, uma masculinidade exacerbada num homem pode estar mostrando um inconsciente frágil, delicado e sensível, neste caso o inconsciente actua de maneira compensatória proporcionando uma espécie de equilíbrio entre os elementos contrastantes, evitando uma desintegração da psique.
As tensões oriundas dos conflitos entre as instâncias da psique são inevitáveis e imprescindíveis, pois, são elas que constituem a própria essência da vida. Os conflitos existem porque existem oposições em qualquer parte da personalidade e o ego deve atender às exigências externas da sociedade e às exigências internas do inconsciente colectivo.
Jung tinha como opinião que sempre era possível haver uma união dos contrários e com isso surgir um terceiro elemento da síntese dos dois numa função que ele chamou de função transcendente. Segundo Hall, "Essa função é dotada da capacidade de unir todas as tendências contrárias da personalidade e de trabalhar para que se atinja a meta da totalidade." (...)
Adaptação de texto original de Vanilde Gerolim Portillo - Psicóloga Clínica- Pós-Graduada e Especialista Junguiana CRP 06/16672
fontes:
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