Quando Jung trabalhava no hospital de Burgholzli, no ano de mil e novecentos, organizou um laboratório experimental de psicopatologia com o objectivo de investigar as reacções psíquicas, através de um teste por ele desenvolvido; "Teste de Associação de Palavras". Os resultados deste teste levaram Jung a formular, mais tarde, a teoria dos complexos.
Para Jung os complexos são os caminhos que nos permitem chegar ao inconsciente. " A via regia que nos leva ao inconsciente, entretanto, não são os sonhos, como ele (Freud) pensava, mas os complexos, responsáveis pelos sonhos e sintomas."
Os complexos têm como núcleo o arquétipo e, em torno deste núcleo vão se concentrando ideias ou pensamentos cheios de afectividade. Estruturam-se como entidades autónomas quando uma parte da psique for cindida por causa de um trauma, um choque emocional ou um conflito moral. Quando totalmente inconscientes actuam livremente e podem tomar o ego. Geralmente, aquelas situações em que ocorrem alterações da consciência e também comportamentais, sem motivo aparente, são manifestações da possessão do complexo sobre o ego.
Jung diz que se pode dizer dos complexos em termos científicos, o seguinte; "(...) o complexo emocionalmente carregado é a imagem de uma determinada situação psíquica com uma carga emocional intensa que se mostra, assim, incompatível com a habitual disposição ou atitude da consciência. Essa imagem é dotada de certa coesão interna, possui a sua própria totalidade e dispõe, ainda, de um grau relativamente alto de autonomia. Isto é, está muito pouco sujeita às disposições da consciência e, por isso, comporta-se na esfera da consciência como um corpus alienum (corpo alheio) cheio de vida..."
Adaptação de texto de Vanilde Gerolim Portillo - Psicóloga Clínica- Pós-Graduada e Especialista Junguiana CRP 06/16672
fontes:
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