Sexta-feira, 05 de Outubro de 2007

 

 

A persona é muito importante, na medida em que dependemos dela nos  nossos relacionamentos diários, no trabalho, na roda de amigos ou na convivência com o nosso grupo.

Como qualquer outro componente psíquico, a persona possui um lado benéfico e outro maléfico.  Nos seus aspectos benéficos, a persona auxilia a convivência em sociedade, extremamente importante nos nossos dias actuais. Também transmite uma certa sensação de segurança, na medida em que cada um desempenha exactamente o papel dele esperado, da melhor forma possível.  Assim, espera-se de um médico que se comporte como tal, que atenda o paciente e que o cure dos males que o atingem. De um bombeiro, que seja solícito e enfrente, sem grandes medos os incêndios, e assim por diante.

No sentido nefasto da persona, há o perigo de o indivíduo identificar-se com o papel por ele desempenhado fazendo com que a pessoa se distancie da sua própria natureza.  Um médico, por exemplo, não é médico o tempo todo. Em casa é o pai, o marido, o filho e assim utiliza várias outras máscaras.  Aqueles que são possuídos pela  sua persona, tornam-se pessoas difíceis de conviver, são rígidos em sua persona e exigem dos demais que se comportem igual a ele.

A persona serve também como protecção contra nossas características internas as quais achamos que nos desabonam e, portanto, queremos esconder.

Como a psique possui uma dinâmica de compensação energética entre os seus conteúdos, podemos entender que, numa super valorização da persona, haverá, internamente, uma forte tendência à compensação através de outros arquétipos, são eles:  a sombra e anima/animus.

Sendo a persona a face externa da psique, a face interna, a formar o equilíbrio são os arquétipos da anima e animus.  O arquétipo da anima, constitui o lado feminino no homem, e o arquétipo do animus constitui o lado masculino na psique da mulher.  Ambos os sexos possuem aspectos do sexo oposto, não só biologicamente, através dos hormônios e genes, como também, psicologicamente através de sentimentos e atitudes.

Adaptação de texto original de Vanilde Gerolim Portillo - Psicóloga Clínica- Pós-Graduada e Especialista Junguiana CRP 06/16672

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publicado por Sou às 23:58

Jung salienta que o mérito da observação de que os arquétipos existem não lhe pertence e sim a PLATÃO, com o seu pensamento "de que a ideia é preexistente e supra-ordenada aos fenómenos em geral." Outros pensadores como ADOLF Bastian , evidenciam a ocorrência de certas ideias primordiais...” e outros, mais tarde, como DÜRKHEIM , HUBERT e MAUSS "que falam de "categorias" próprias da fantasia" e ainda Hermam USENER que reconhece "a pré-formação inconsciente na figura de um pensamento inconsciente"

A contribuição de Jung  dá-se, entretanto, nas provas que ele obteve: os arquétipos existem e aparecem sem influência de captação externa. De acordo com Jung esta constatação "significa nada menos do que a presença, em cada psique, de disposições vivas inconscientes, e, nem por isso menos activas, de formas ou ideias em sentido platónico que instintivamente pré-formam e influenciam seu pensar, sentir e agir."

Alguns arquétipos foram amplamente enfatizados por Jung , pois permeiam o desenvolvimento da personalidade e invariavelmente estão bem próximo de nós, no nosso dia-a-dia e são mobilizados, pela psique, tão logo surja uma situação típica. (...).

Com o desenvolvimento da consciência, o ser humano, que é gregário por natureza, necessita desenvolver algumas características básicas para a adaptação social em contraste com seus instintos animalescos. É a persona o arquétipo desta adaptação.

O nome vem da antiga máscara usada no teatro grego para representar esse ou aquele papel de uma personagem numa peça e tem, para Jung , o mesmo sentido, ou seja; persona é a máscara ou fachada aparente do indivíduo exibida de maneira a facilitar a comunicação com o seu mundo externo, com a sociedade onde vive e de acordo com os papéis dele exigidos. O objectivo principal é o de ser aceito pelo grupo social a que pertence.

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adaptado de texto original de Vanilde Gerolim Portillo - Psicóloga Clínica- Pós-Graduada e Especialista Junguiana CRP 06/16672

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publicado por Sou às 23:53

A grande descoberta de Jung foi o Inconsciente Colectivo . Segundo ele, o inconsciente colectivo é a camada mais profunda da psique e constitui-se dos materiais que foram herdados da humanidade. É nesta camada que existem os traços funcionais como se fosses imagens virtuais, comuns a todos os seres humanas e prontas para serem concretizadas através das experiências reais. É nessa camada do inconsciente que todos os humanos são iguais. A existência do inconsciente colectivo não depende de experiências individuais, como é o caso do inconsciente pessoal, porém,o seu conteúdo precisa das experiências reais para expressar-se, já que são predisposições latentes.
Jung chamou de arquétipos a estes traços funcionais do inconsciente colectivo: "Existem tantos arquétipos quantas as situações típicas da vida. Uma repetição infinita gravou estas experiências em nossa constituição psíquica, não sob a forma de imagens saturadas de conteúdo, mas a princípio somente como formas sem conteúdo que representavam apenas a possibilidade de um certo tipo de percepção e de acção."
Os arquétipos não são observáveis em si, só podemos percebê-los através das imagens que ele proporciona. Continua Jung : "as imagens" expressam não só a forma da actividade a ser exercida, mas também, simultaneamente, a situação típica no qual se desencadeia a actividade . Tais imagens são "imagens primordiais", uma vez que são peculiares à espécie, e se alguma vez foram "criadas", a sua criação coincide no mínimo com o início da espécie. O típico humano do homem é a forma especificamente humana de suas actividades. O típico específico já está contido no germe. A ideia de que não é herdado, mas criado de novo em cada ser humano, seria tão absurda quanto a concepção primitiva de que o Sol que nasce pela manhã é diferente daquele que se pôs na véspera.”

adaptado do texto original de  texto de Vanilde Gerolim Portillo - Psicóloga Clínica- Pós-Graduada e Especialista Junguiana CRP 06/16672

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publicado por Sou às 23:50

 

Para Jung , o inconsciente não é estático e rígido formado pelos conteúdos que são reprimidos pelo ego. Ao contrário, o inconsciente é dinâmico, produz conteúdos, reagrupa os já existentes e trabalha numa relação compensatória e complementar com o consciente.  No inconsciente encontram-se, em movimento, conteúdos pessoais, adquiridos durante a vida e mais as produções do próprio inconsciente. Jung classificou o inconsciente em Inconsciente Pessoal (ou Individual) e Inconsciente Colectivo .  O  Inconsciente Pessoal ou Individual é aquela camada mais superficial de conteúdos, cujo marco divisório com o consciente não é tão rígido.  É uma camada de conteúdos que se acha contígua ao consciente.  Estes conteúdos subjazem no inconsciente por não possuírem carga energética suficiente para emergir na consciência.  Correspondem àqueles aspectos que em algum momento do desenvolvimento da personalidade não foram compatíveis com as tendências da consciência e foram, portanto reprimidas.  Também estão, no inconsciente pessoal, percepções subliminares, ou seja, aquelas que foram captadas pelos nossos sentidos de forma subliminar, que nem nos demos conta de termos contacto com o fato em si.  Conteúdos da memória que não necessitam estar presentes constantemente na consciência estão presentes no inconsciente pessoal. Todos estes conteúdos formam no Inconsciente Pessoal um grande banco de dados que poderão surgir na consciência a qualquer momento.

Outros importantes conteúdos estão no inconsciente pessoal; são os complexos.  Os complexos são conteúdos de extrema importância para a vida psíquica e estaremos abordando-os no decorrer do trabalho. 

adaptado do texto original de  texto de Vanilde Gerolim Portillo - Psicóloga Clínica- Pós-Graduada e Especialista Junguiana CRP 06/16672

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publicado por Sou às 23:48

 

"Deus é uma esfera cujo centro está em toda parte e cuja circunferência não se delimita em parte alguma".

Nicolau de Cusa

 

 

 

Uma das maiores preocupações de Jung era a de sempre manter um "pé" na ciência, procurava sempre comprovar A suas ideias, pois além de confrontar-se com as ideias do principal nome de então, Freud, tinha que se confrontar com a existente e crescente racionalidade da época.

O conceito de inconsciente também difere de Freud para Jung.  Para Freud, o inconsciente é um depósito de rejeitos do consciente, isento de movimento e estático, se forma, portanto, a partir do consciente. Para Jung o inconsciente existe “a priori”.

O ser humano nasce inconsciente e traz com ele muitos conteúdos herdados dos ancestrais. Assim, o inconsciente existe "antes", é pré-existente ao consciente. Segundo Nise da Silveira, “Pode-se representar a psique como um vasto oceano (inconsciente) no qual emerge pequena ilha (consciente).”

 

 

 

adaptado do texto original de  texto de Vanilde Gerolim Portillo - Psicóloga Clínica- Pós-Graduada e Especialista Junguiana CRP 06/16672

 



publicado por Sou às 23:41

Quando Jung manteve contacto com a obra de Freud, ficou tão entusiasmado com o trabalho deste outro génio que não tardou em conhecê-lo.

A admiração foi mútua, Freud também gostou do jovem Suíço e logo fez dele um dos difusores de suas ideias . O “casamento”, porém,  durou pouco.

Jung mostrava-se inquieto com algumas posições de Freud a respeito, principalmente, da teoria da libido.  Freud, por sua vez, não admitia ver a sua teoria por outro ângulo, não dava abertura para outras interpretações diferentes das dele.

Jung não aceitava as insistências de Freud, de que as causas dos conflitos psíquicos envolveriam algum trauma sempre de natureza sexual.  Freud, por outro lado, não admitia o interesse de Jung pelos fenómenos espirituais como fontes válidas de estudo em si.

O rompimento entre os dois causou profundas mágoas para ambos os lados. Mágoas que, até hoje, notam-se entre os seguidores de ambos.  Não é raro deparamos com críticas sobre um ou outro nos jornais, ou obras literárias ironizando um dos dois.

O rompimento de Jung com Freud, entretanto, acaba por trazer ao mundo um grande benefício.  Jung teve que alçar voo sozinho em busca de respostas para si mesmo e, de certa forma, para provar que suas ideias eram válidas e as de Freud tinham valores parciais, mergulhou no mais profundo de sua alma, conectou-se com seu inconsciente e buscou lá inspiração e coragem parar mudar a face da psicologia.

O ponto crucial do desentendimento entre os dois génios foi ponto de partida para Jung .  Enquanto a teoria de Freud busca as causas, a de Jung busca a direcção , a finalidade.  Enquanto para Freud a libido é somente sexual, para Jung a libido é toda a energia psíquica. 

Nise da Silveira, descreve libido da seguinte maneira: “Libido é apetite, é instinto permanente de vida que se manifesta pela fome, sede, sexualidade, agressividade, necessidades e interesses diversos. Tudo isso está compreendido no conceito de libido. A ideia Junguiana de libido aproxima-se bastante da concepção de vontade, segundo Schopenhauer . Entretanto Jung não chegou a essa formulação através dos caminhos da reflexão filosófica. Foi a ela conduzido pela observação empírica, no seu trabalho de médico psiquiatra.

 

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Adaptação de texto de Vanilde Gerolim Portillo - Psicóloga Clínica- Pós-Graduada e Especialista Junguiana CRP 06/16672

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publicado por Sou às 23:37

A ALQUIMIA DO SER

 

Jung foi buscar lastro para suas idéias na Alquimia, na Mitologia, nos povos primitivos da Ásia, África e Índios Pueblos da América do Norte. Visitou, entre tantos lugares, a Índia em busca de respostas para suas dúvidas mais íntimas.
Filho de religiosos, seu pai era pastor luterano, desde cedo teve contato com a idéia de um Deus e bem cedo começou o questionamento sobre a origem e a finalidade da vida humana, perguntas para as quais não obteve resposta através de seu pai, nem tão pouco nos livros religiosos e escritos da época.
Jung aproximou-se da filosofia e religiões orientais, conheceu e estudou o I Ching e encontrou ressonância nos simbolismos destas culturas na compreensão do desenvolvimento humano. Introduziu uma nova maneira de praticar a psicologia clínica, uma nova visão de mundo e do homem. Salientava, sempre que tinha oportunidade que o homem deveria ser visto por inteiro, ou seja como um todo, não podia ser visto dissociado do seu contexto social, cultural e universal.

adaptado do texto original de  texto de Vanilde Gerolim Portillo - Psicóloga Clínica- Pós-Graduada e Especialista Junguiana CRP 06/16672

 

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publicado por Sou às 23:31

 

 

"Quem olha pra fora, sonha ; quem olha pra dentro acorda."

Psicologia Analítica foi o nome escolhido por JUNG para o seu sistema teórico.

O que nos chama a atenção, ao contactarmos a obra de Jung, é que os termos ou nomes adoptados por ele, para discriminar seus conceitos, têm perfeita conexão com o facto ou com o aspecto analisado em si. Não são termos inventados ao acaso e que nada significam, mas sim termos que carregam e explicam o seu próprio conteúdo.

Jung foi o objecto das suas próprias experiências no que se refere à investigação do inconsciente. Tudo o que ocorria com ele, incluindo os sonhos, fantasias, intuições, etc., que para a maioria das pessoas passaria despercebido, era para Jung uma fonte de pesquisa e análise. Foi um homem extremamente intuitivo, sempre se interessou pelos fenómenos psíquicos.

 Foi médico e psiquiatra; nasceu na cidade de Keswill, na Suíça em 26/07/1875 e viveu até 06/06/1961.

adaptado do texto original de  texto de Vanilde Gerolim Portillo - Psicóloga Clínica- Pós-Graduada e Especialista Junguiana CRP 06/16672

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publicado por Sou às 23:24
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